terça-feira, 5 de outubro de 2010

Queimadas no Brasil aumentam as internações por problemas cardiorrespiratórios.

O Brasil registrou até 16 de setembro deste ano pelo menos 72.056 focos de queimadas. Esses incêndios, levantados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), é quase três vezes maior do registrado no mesmo período de 2009. Com as queimadas, crescem também as internações por problemas respiratórios e circulatórios.

Asma, bronquite, enfisema, pneumonia, arritmia, hipertensão e até infarto. Essas são algumas doenças que podem se desenvolver em pessoas que se expõem constantemente à fumaça das queimadas. Pesquisadores brasileiros têm investigado em várias partes do país a influência desses incêndios na saúde das pessoas, em especial de crianças e idosos, que são os mais afetados.

Uma equipe da Escola Nacional de Saúde Púbica da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), coordenada pela bióloga Sandra Hacon, vem percorrendo diversas regiões da Amazônia para avaliar o impacto das queimadas na saúde. Os pesquisadores, em parceria com o Instituto de Física da USP (Universidade de São Paulo), já passaram pelo Acre e Mato Grosso e, atualmente, colhem informações em Porto Velho, capital de Rondônia.

Nos últimos cinco anos, o Estado com o maior número de queimadas foi o Mato Grosso. E foi em dois municípios matogrossenses onde os estudos começaram, em 2006. Nas cidades de Alta Floresta e Tangará da Serra, os pesquisadores perceberam que, nas crianças de 6 e 7 anos e em adolescentes de 13 e 14 anos, a prevalência de asma foi de 21,4% em Alta Floresta e de 25,2% em Tangará da Serra.

- Em 2007 [ano em que os dados do MT foram coletados], as queimadas não foram intensas como em agosto de 2010. Ou seja, a prevalência de asma em escolares aumentou consideravelmente em 2010 [com o aumento das queimadas]. Porém, os dados ainda não estão disponíveis.

Segundo Sandra, em Porto Velho (Rondônia), onde é o atual foco do trabalho, o ar está insuportável para respirar, agravada pela baixa umidade relativa e má circulação de ar.

- Os dados mais recentes do período da seca de 2010 estão em análise, mas vários depoimentos da população de Porto Velho afirmam que, nos últimos 15 anos, nunca ocorreu um período de queimadas tão intenso e extenso como o vivido em agosto de 2010.

Apesar de a situação desse ano ter se agravado com a seca, Sandra afirma que essa justificativa não deve minimizar o cenário de aumento das queimadas.

- Tudo leva a crer que a fiscalização [das queimadas] reduziu. Além disso, o momento político parece ter flexibilizado as ações em nivel local e existem pessoas que aproveitam as condições climáticas para usar o fogo e aumentar as áreas do agronegócio. Com isso, a queimada começou a ter um impacto maior. Não se pode dar um peso grande à mudança climática porque, se tivesse uma boa fiscalização e sensibilidade do poder político local, dos governantes e da sociedade, as queimadas não teriam sido tão intensas.

Mas nem os incêndios nem o agravamento dos problemas respiratórios se restringem à região amazônica. No interior de São Paulo, que concentra boa parte da produção de cana-de-açúcar do país, médicos observam o aumento de internações, principalmente no período de maio a novembro, época da colheita – como esse processo é parcialmente feito de forma manual, a palha da cana precisa primeiro ser queimada antes de ser colhida.

De acordo com o pneumologista Marcos Abdo Arbex, da SPPT (Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia), a situação em São Paulo se agrava porque a época da colheita é também a estação mais seca do ano.

- As partículas das queimadas ficam mais tempo na atmosfera [por falta de chuva], aumentando as chances de contaminar as pessoas.

Queimadas atingem o sistema cardiorrespiratório

Segundo Arbex, quando a biomassa é queimada (sejam florestas ou cana-de-açúcar), inúmeras partículas são emitidas para a atmosfera.

Essas partículas possuem diversos tamanhos: algumas são grandes, visíveis a olho nu, e outras são muito finas, menores até que a espessura de um fio de cabelo. Enquanto algumas conseguem atingir as regiões mais profundas do aparelho respiratório, outras, de tão pequenas, chegam à corrente sanguínea.

O resultado de toda essa poluição são alterações no sistema respiratório e cardiológico das pessoas. Os mais afetados, diz Arbex, são aqueles que têm um sistema imunológico mais carente: crianças, idosos e pessoas com histórico de problemas cardiorrespiratórios.

- Esses são os grupos mais suscetíveis, que buscam mais os serviços de emergência. Existe um custo incalculável das queimadas, que é o sofrimento dessas pessoas, e um calculável, que é o gasto das famílias [com remédios e hospitais] e do poder publico [com serviços de emergência].



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...Segundo a pneumologista Thais Queluz, da Unesp (Universidade Estadual Paulista), ainda não existem trabalhos que relacionem as queimadas ao aumento de mortes. No entanto, ela diz que o crescimento no número de internações nessas regiões deve também refletir um aumento do número de óbitos.

- E não existem medidas de prevenção. As máscaras, por exemplo, não filtram nada. Você é obrigado a respirar.

Para Sandra, um dos principais problemas é a falta de informações instantâneas a respeito da influência das queimadas na saúde das pessoas. Segundo ela, as informações são atrasadas e não mobilizam providências imediatas das autoridades.

- A informação precisa chegar de forma rápida à sociedade. Falar que em 2008 ou 2007 foram anos críticos, em termos de doenças, é um cenário retrospectivo. As pessoas, os atores sociais locais não se sensibilizam. Nós precisamos de um indicador que fale o que ocorre agora, para medir o impacto agora. É nisso que estamos trabalhando.
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Diego Junqueira, do R7

Famosos eleitos deputados comentam vitória nas urnas.

A lista de deputados eleitos em todo o país no domingo (3) inclui pessoas que alcançaram a fama antes mesmo de entrar para a política. O ex-BBB Jean Wyllys, a atriz Myriam Rios, o goleiro Danrlei e o ator Stepan Nercessian afirmaram ao G1 que enfrentaram uma eleição disputada e que nem sempre ser famoso ajuda. As três celebridades serão colegas de campeões de voto como Wagner Montes (PDT), que foi o deputado estadual mais votado no Rio de Janeiro, e Tiririca (PR), que superou o 1,3 milhão de votos para a Câmara Federal.

O ator Stepan Nercessian foi eleito deputado federal pelo PPS com 84 mil votos. Em entrevista ao G1, ele disse que a eleição foi "dificílima". "Fiquei muito feliz de ter sido eleito e ao mesmo tempo ganhar uma eleição trabalhando com pouco recurso. Você enfrenta campanhas milionárias, campanhas disputadíssimas, com gente que está com base de governo. Eu, como oposicionista ao governo federal, estadual e municipal, achei que a gente foi bem”, disse.

Minha principal meta é levar a política para a política. Eu acho que nós estamos vivendo um momento que a política está despolitizada"Stepan NercessianSegundo Nercessian, entretanto, sua eleição não se deu por ele ser uma celebridade. "É um misto de um voto conquistado como político, e não só de celebridade. Eu já tenho voto de pessoas que acompanharam meu mandato de vereador aqui no Rio. Eu tento não ser um político temático de categoria. Eu acho que na Câmara posso levar contribuições para a arte. Mas minha principal meta é levar a política para a política. Eu acho que nós estamos vivendo um momento que a política está despolitizada.”


O ator Stepan Nercessian, que foi eleito deputado
federal pelo PPS com 84 mil votos (Foto: Divulgação)Segundo ele, a eleição de Tiririca, em São Paulo, foi uma válvula de escape para aquelas pessoas alienadas que detestam política e que fazem um voto de protesto. "Às vezes o cara está protestando, mas ao mesmo tempo está elegendo pessoas que realmente são as culpadas por esse descrédito que a política tem.”

Nercessian disse que vai trabalhar pela reforma política no país. Segundo ele, em política, “o brasileiro participa de um jogo cujas regras não conhece. É fundamental que as pessoas comecem a aprender na escola. Precisamos repensar o horário eleitoral. Os debates não levam a nada.”


A atriz Myriam Rios, eleita deputada estadual no Rio de
Janeiro pelo PDT (Foto: Divulgação)Myriam Rios
Deputada estadual eleita no Rio de Janeiro pelo PDT, a atriz Myriam Rios disse ao G1 estar muito feliz com a vitória e afirmou que resgatar a educação em tempo integral é um dos seus principais objetivos. “Este é um projeto de Darcy Ribeiro, que deu certo na época do Brizola e é uma forma de o pai ter certeza que a criança não está nas ruas”, contou Myriam.

A atriz foi eleita com 22.169 votos e foi a 64ª mais bem colocada no estado do Rio de Janeiro num total de 70 deputados.

Ela acredita que o fato de ser atriz ajudou na eleição. Mas Myriam lembra que, além de atriz há 35 anos, é missionária católica há oito, e que vai buscar restaurar valores morais, como a família. “Muita gente conhece a Myriam atriz, mas também sou reconhecida pelo meu trabalho na TV e na rádio Canção Nova”, explicou.


O ex-BBB Jean Wyllys, que se elegeu deputado federal
(Foto: Divulgação)Jean Wyllys
Jean Wyllys (PSOL), que se elegeu deputado federal pelo Rio de Janeiro em sua primeira eleição a um cargo legislativo, falou que tentou de todas as maneiras evitar qualquer associação com o seu passado, de vencedor do quinto BBB.

“Sabia onde eu estava me metendo. Em um partido de esquerda, socialista, mas que tem uma campanha voltada para a minha plataforma, que é ligada ao movimento LGBT [Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais]”, contou o escritor, que disse que já tinha uma ligação com o movimento, antes mesmo de passar pelo reality show. “Sabia que, na campanha, haveria um movimento de tentar me jogar na vala comum de ‘artistas’. Eu me mobilizei para desconsiderar para desarticular isso”, disse.

Segundo Wyllys, ele sabia que o seu partido priorizaria na propaganda de TV o deputado Chico Alencar, o “puxador de legenda”, que tentava a reeleição. Alencar foi o segundo mais votado entre todos os candidatos, com mais de 240 mil votos, conseguindo eleger Willis com 13.018: “um milagre”, em suas palavras.

“Fiz a minha campanha radicalmente limpa, tanto no sentido moral, quando no ecológico. Sem placas, adesivo, sem nada”, afirmou, comparando com outros candidatos de outros partidos que, segundo ele, tiveram muito dinheiro para as suas campanhas.

“Quando entrei na campanha e vi qual era a realidade, que o povo era despolitizado verticalmente. Não só os pobres, mas também a classe média que cai na crítica mais fácil, vi que seria duro”, afirmou, lembrando do apoio de pessoas da classe artística, como o cantor Caetano Veloso e do ator Wagner Moura.


Danrlei, eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul
(Foto: Divulgação)Danrlei
O goleiro Danrlei (PTB), eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul com a quarta maior votação do Estado (173 mil votos), disse ao G1 que vai começar a estudar o que pode ser feito durante seu mandato. "A ideia é trabalhar bastante", comentou.

Ele explicou que não tem nenhum projeto específico em mente, mas que pretende trabalhar com esportes e inclusão social, e que a aproximação da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 podem ajudar nisso. "Pretendo trabalhar sempre nessa área de esportes para ajudar a sociedade", disse.

Ele alegou ainda que o fato de ter sido símbolo do Grêmio no futebol do Rio Grande do Sul, não vai haver nenhuma influência disso no seu trabalho como deputado e que pretende representar todo o estado. "Fui eleito por conta do que fiz na minha vida e as pessoas respeitam meu trabalho como uma pessoa séria", disse.


Wagner Montes (PDT), o deputado estadual mais votado
do Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)Wagner Montes
Wagner Montes (PDT) disse ao G1 que não se surpreendeu ao ser o deputado estadual mais votado do Brasil, recebendo mais de 528 mil votos ao ser reeleito para a Assembleia do Rio de Janeiro. "As pesquisas que acompanhei antes da eleição mostravam que eu estava na frente dos outros candidatos, e não me surpreendi. Na eleição passada eu já tinha sido o terceiro mais bem votado, e dessa vez fiz barba, costeleta e bigode, tudo junto", brincou.

Segundo ele, seria possível ter conseguido ainda mais apoio dos eleitores, se ele tivesse feito uma campanha mais ampla. "Não tive uma campanha grande. Não tive placas espalhadas pela cidade, não pude rodar todo o estado", disse, completando que mesmo assim a campanha foi suficiente.

Montes disse que pretende continuar o trabalho que vem fazendo na Assembleia, e a atuar na TV. "Quero continuar fazendo prestação de serviço e ajudando o Rio de Janeiro", disse. "Também vou cuidar do meu partido, ajudar o PDT a ganhar força novamente em todo o estado."


Do G1, no Rio e em São Paulo

Chalita ajudará PT a avançar entre religiosos.

Eleito deputado federal com a segunda maior votação do Estado, Gabriel Chalita (PSB), ex-secretário de Educação de Geraldo Alckmin (PSDB), tornou-se aliado de primeira hora da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Ex-tucano, diz que não admira José Serra (PSDB).

Com 560 mil votos e forte ligação com a ala carismática da Igreja Católica, será uma das armas do PT para avançar entre os religiosos. "Vou me empenhar pessoalmente nisso", afirmou em entrevista à Folha. Confira os principais trechos da conversa.

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O sr. ganhou espaço na campanha de Dilma Rousseff. Como é a sua relação com ela?

Gabriel Chalita - Eu respeito muito a Dilma e outros nomes do PT. Dei a ela o que pude de sugestões, principalmente na área da educação. Por outro lado, tenho amizades no PSDB. Torci pela vitória do Antonio Anastasia, em Minas, e creio que o Geraldo Alckmin fará grande governo. Política é construir pontes, e eu fiz isso.

O sr. não falou de José Serra. Qual a sua opinião sobre ele?

O Serra tem qualidades. Mas, pessoalmente, não é um político que eu admire.

Como o sr. avalia a polêmica em torno da posição de Dilma Rousseff sobre o aborto?

A crítica é boa quando baseada em fatos. Mas essa tentativa de desconstruir pessoas com boatos é muito ruim. Dilma nunca disse ser a favor do aborto. Ela se posicionou, abordando o tema como uma questão de saúde pública. Eu particularmente sou contra. Mas a questão central nesse caso é a boataria. Isso aconteceu com o Lula, em 2002. Diziam que ele ia mudar as cores da bandeira e fechar igrejas.

O sr. tem uma relação muito forte com a ala carismática da Igreja Católica. Vai se empenhar para desmentir esses boatos entre os religiosos?

Me empenharei pessoalmente nisso. Não é só uma defesa da Dilma, mas da maturidade no debate político.

O sr. acha que a Igreja contribui para o debate político?

Contribui, mas quando não usa a instituição para influenciar o voto. É importante que a igreja promova o debate, para que os fiéis saibam como pensam os candidatos. Mas o Estado é laico e acho que ele tem que ser laico. Ninguém ouviu o cardeal de São Paulo [dom Odilo Scherer] ou o arcebispo do Rio de Janeiro [dom Orani João Tempesta], declarando votos. Eles foram prudentes.

O sr. é candidato a assumir o Ministério da Educação?

Sou candidato a fazer a lei de responsabilidade da educação, que é uma lei que estabelece sanções a quem não cumpre metas. O que falta no Brasil é continuidade. Temos bons projetos.

Mas o sr. sonha em assumir a pasta?

Não. Não penso nisso. E acho que nem ela [Dilma Rousseff] pensa nisso. Seria indelicado começar a pensar no governo sem estar eleita.


DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Arrancada de Marina, voto de SP e queda de Dilma na classe C explicam o 2º turno.

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FERNANDO CANZIAN
DE SÃO PAULO

Votações com tendência de alta para Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB) levaram a eleição presidencial de 2010 ao segundo turno.

Danilo Verpa/Folhapress

Marina Silva, candidata do PV

Já Dilma Rousseff (PT) manteve sua trajetória de perda de apoio das últimas semanas. De franca favorita até meados de setembro, terá de enfrentar Serra no próximo dia 31 de outubro.

O resultado de ontem repete o padrão das eleições presidenciais desde 1994.

Desde então, os melhores colocados ou vencedores no primeiro turno tiveram pouco menos ou pouco mais de 50% dos votos válidos.

O resultado das urnas também seguiu e reforçou a tendência captada pelas últimas pesquisas eleitorais realizadas pelo Datafolha.

Elas começaram a sinalizar a partir de terça passada a probabilidade de haver uma nova rodada eleitoral.

As pesquisas captaram três tendências principais, confirmadas pelos resultados da votação de ontem:

1) O desembarque de parcela expressiva do eleitorado da candidatura Dilma, especialmente entre os eleitores da chamada nova classe C (com renda mensal entre R$ 1.020 e R$ 2.550) e entre os menos escolarizados;

2) Uma "onda verde" a favor de Marina nessa mesma classe C, com tendência de crescimento no Sul, Sudeste e Nordeste; e um apoio inédito do eleitorado feminino na reta final da campanha;

3) Um movimento de recuperação das intenções de voto de Serra em sua base eleitoral, São Paulo (maior colégio eleitoral do país, com 30,3 milhões de eleitores); e sua vitória no "arco do agronegócio", que compreende Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia.

André Penner/AP

José Serra, candidato do PSDB

Entre esses fatores, pesaram mais a arrancada de Marina e a queda de Dilma. Em dez dias, a candidata do PV cresceu 5,5 pontos percentuais, considerando os votos válidos; Dilma recuou 7. Serra subiu 1,7 ponto.

Assim, ganha relevância no segundo turno o espólio eleitoral da candidata do PV e seu posicionamento em favor ou não de PSDB ou PT.

Após a contagem dos votos, Marina quase conseguiu dobrar o total de sufrágios válidos que tinha projetados no início do ano em relação aos que efetivamente conquistou no primeiro turno.

Segundo projeção do Datafolha realizada na semana passada, 51% dos eleitores de Marina migrariam para a candidatura Serra em um eventual segundo turno.

Dilma receberia o apoio de 31%. Outros 15% dizem que votariam em branco ou anulariam o voto. E 3% responderam ainda não ter decidido o que fazer em uma eventual segunda rodada eleitoral.

Segundo projeções do Datafolha feitas antes da votação de ontem, Dilma teria 53% das intenções de voto no segundo turno. Serra, 39%.

Alan Marques/Folhapress

Dilma Rousseff, candidata do PT

Mantida a migração de votos de Marina no dia 31 de outubro para os dois candidatos projetada pelo Datafolha, do total de votos de Dilma, 8% viriam dos eleitores da candidata do PV. No caso de Serra, seriam 18%.

A imposição de um segundo turno para Dilma pelos eleitores começou a ganhar corpo a partir da segunda quinzena de setembro.

A então favorita nesta eleição passou a cair nas pesquisas por conta dos escândalos envolvendo a quebra de sigilos fiscais de tucanos e a queda de sua ex-braço direito na Casa Civil, Erenice Guerra.

Entre a eclosão dos escândalos e a véspera da eleição, Dilma perdeu seis pontos junto aos eleitores com renda familiar mensal entre dois e cinco salários mínimos.

Cerca de 36% dos eleitores pertencem a essa faixa de renda, que agrupa a nova classe C brasileira.

Ironicamente, o mesmo eleitorado que progrediu economicamente no governo Lula obrigará Dilma a se submeter a nova votação.

Resultado de São Paulo - Governo Estadual

1Geraldo Alckmin (PSDB) 11.519.314 votos 50,63%
2Aloizio Mercadante (PT) 8.016.866 votos 35,23%
3Celso Russomanno (PP) 1.233.897 votos 5,42%
4Skaf (PSB) 1.038.430 votos 4,56%

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