terça-feira, 29 de setembro de 2009

Bancários: Por emprego, contratações, melhores condições de saúde e trabalho.

Comando Nacional decide ampliar a greve e cobra negociação da Fenaban
O Comando Nacional dos Bancários reuniu-se neste sábado, 26, em São Paulo para avaliar os dois primeiros dias da greve por tempo indeterminado deflagrada no dia 24 em todos os 27 Estados e no Distrito Federal e discutir a estratégia de ampliação do movimento a partir desta segunda-feira. Também decidiu enviar ofício à Fenaban cobrando a retomada das negociações a partir desta terça-feira e reafirmando as reivindicações da categoria por aumento real de salário, PLR maior, valorização dos pisos, uma política de preservação dos empregos e mais contratações, melhores condições de saúde, segurança e trabalho, combate às metas abusivas e ao assédio moral, auxílio-educação e plano de previdência complementar para todos.
Os integrantes do Comando Nacional foram unânimes na avaliação de que a greve surpreendeu pela força e amplitude, sobretudo nos bancos privados, e é um êxito em todo o país. No primeiro dia da paralisação, foram fechadas 2.881 agências, além de centros administrativos de todos os bancos, segundo levantamento da Contraf-CUT a partir das informações dos 134 sindicatos de bancários do país. A greve cresceu na sexta-feira, paralisando 4.791 agências, o que representa aumento de 65,9% em relação ao dia anterior.
"Apesar da intimidação dos bancos contra os trabalhadores para cercear o direito constitucional de greve, inclusive apelando para a repressão policial, a grande adesão à paralisação demonstra que os bancários estão indignados com o abuso dos bancos. Mesmo alcançando lucros de R$19,3 bilhões no primeiro semestre, os maiores de toda a economia brasileira, os bancos se recusam a conceder aumento real de salário e ainda querem reduzir a PLR", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional.
Interdito proibitório
Ao invés de negociar, a exemplo dos últimos anos os bancos estão abusando na utilização do interdito proibitório para impedir o direito legítimo de greve assegurado pela Constituição. Este ano, no entanto, muitos juízes estão negando a concessão do interdito por entenderem que esse instrumento jurídico é inadequado para os conflitos trabalhistas - tese defendida pela CUT e demais entidades sindicais.
"O interdito possessório, para se justificar, só teria sentido pela ameaça do direito de propriedade do banco autor. Contudo, o direito dos empregados de entrarem, aderirem à greve, ou não, não pode se tratado como um direito de propriedade", despachou o juiz Marcel da Costa Roman Bispo, da 20ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, ao negar o segundo pedido do Bradesco na capital fluminense, na sexta-feira 25.
Nesta segunda-feira, o Comando também enviará carta às direções dos bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia e BNB) cobrando a retomada das negociações específicas.
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Greve nacional dos bancários cresce e paralisa 4.791 agências no segundo dia
A greve nacional dos bancários cresceu em todo o país no segundo dia da paralisação. Conforme levantamento efetuado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com base nas informações enviadas pelos sindicatos até as 19h30 desta sexta-feira, dia 25, o número de agências fechadas subiu para 4.791, além de departamentos e centros administrativos de todos os bancos, públicos e privados. No primeiro dia os sindicatos haviam informado o fechamento de 2.881 unidades.
"A indignação cresce à medida que o tempo passa e os bancos não apresentam proposta, principalmente porque querem reduzir a PLR enquanto pagam bônus milionários aos altos executivos. Por isso a tendência é a greve crescer ainda mais na segunda-feira", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
O Comando Nacional enviou ofício à Fenaban na sexta-feira 18 comunicando a rejeição da proposta de reajuste de 4,5% apresentada pelos bancos no dia anterior e cobrando uma nova proposição. Até o momento, os bancos não entraram em contato com os representantes dos trabalhadores para marcar uma nova negociação. Já foram realizadas cinco rodadas com os banqueiros desde a entrega da minuta de reivindicações dos bancários, ocorrida no dia 10 de agosto.
Cordeiro destaca que os bancários não aceitam somente a negociação das reivindicações econômicas, como reajuste de 10% (reposição da inflação mais aumento real), a PLR de três salários mais R$ 3.850 para cada trabalhador e a valorização dos pisos. "Queremos ir além das questões de remuneração e abranger outras demandas dos bancários, como garantia de emprego, mais contratações, melhores condições de saúde e trabalho, fim das metas abusivas, segurança contra assaltos, auxílio educação e previdência complementar para todos, dentre outros pontos", afirma.
* Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro*

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