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O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta quinta-feira (22) que "o período de reajustes no governo Lula já passou". Em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, ele disse que o governo já concedeu aumentos em 2008, 2009 e no início de 2010 e não há previsão de aumentos no segundo semestre deste ano.
Paulo Bernardo também reclamou dos projetos em tramitação no Congresso que aumentam os gastos públicos. "Antes de criticar o Congresso, quero dizer que eles têm nos ajudado, têm aprovado os projetos que o governo manda para lá. Agora, de fato, não é possível você ver o pessoal fazendo votação de emendas constitucionais que criam despesas de R$ 30 bilhões".
O ministro se referia à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que fixa um piso nacional provisório para policiais civis, policiais militares e bombeiros, de R$ 3,5 mil para soldados e R$ 7 mil para oficiais. "A despesa é dos estados, mas a PEC diz que se o governo estadual não conseguir pagar, que o governo federal tem que complementar. Complementar com quanto? E vai tirar de onde?", disse.
Cria-se uma despesa e nós vamos pagar. De onde vai sair esse dinheiro? Isso não pode ser taxado de outra coisa que uma grande irresponsabilidade", afirmou Paulo Bernardo. "Quem vai pagar isso é o cidadão, é o contribuinte. Não vai pensar que é o Lula, que é o Paulo Bernardo que vai pagar. Isso precisa ser olhado com muita responsabilidade", completou.
Segundo Paulo Bernardo, "a economia está bombando. Vamos ter um crescimento de 6,5% a 7%. Vai se um ano para ser comemorado". O governo fez uma revisão na previsão de crescimento da economia de 4,5% para 6,5% em 2010. Segundo ele, nos próximos dez anos, a economia deve crescer em média 4,5%.
O ministro citou ainda como fato positivo o controle da inflação. "É verdade que no início do ano ameaçou subir mais do que o previsto, mas me parece que melhorou". Segundo Paulo Bernardo, havia previsões de até 6%, mas a inflação deve ficar próxima à meta estipulada, de 4,5%.
No programa, o ministro citou o balanço divulgado pela Caixa Econômica Federal que aponta crescimento de 95% do crédito imobiliário no primeiro semestre deste ano. "O crescimento da construção civil foi retomado graças a uma série de medidas do governo, como a ampliação do crédito. Diminuímos o déficit habitacional e em quatro anos vamos chegar a uma situação residual", assegurou.
Questionado sobre a ajuda do governo às vítimas das enchentes em Alagoas e Pernambuco, Paulo Bernardo disse que o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida será utilizado para a contrução de 20 mil casas nos dois estados. "O Minha Casa, Minha Vida vai ser utilizado para construir casas. Vamos tentar acelerar isso. Vamos fazer as casas, mas levará alguns meses".
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