quinta-feira, 29 de julho de 2010

PM de São Paulo pede ação do governo federal e de legisladores para combater criminalidade no Estado

Coronel diz que leis de progressão de pena deveriam ser mais duras

João Varella, do R7

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Álvaro Batista Camilo, disse em entrevista ao R7 que mais ação do governo federal e uma mudança na legislação ajudaria a combater a criminalidade no Estado.

Camilo disse que não está satisfeito com os números divulgados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo nesta quarta-feira (28) que apontam, por exemplo, um aumento de 5% no número de casos de homicídios dolosos (com intenção de matar) na capital paulista, se comparado com o primeiro semestre de 2009.

Para ele, a PM não pode se acomodar enquanto uma pessoa estiver sofrendo violência. Camilo defende que para reduzir ainda mais a violência, seria necessária a participação do governo federal e do Poder Legislativo.

– O que precisa é uma participação maior da área federal, com patrulhamento mais forte das áreas de fronteira. Tem que trabalhar forte também na legislação. Quando o juiz solta um condenado, ele cumpre a lei.

Na opinião do coronel, as leis de progressão e relaxamento de pena (que colocam o condenado em regime semiaberto, por exemplo) deveriam ser mais duras.

– Pode ser que as penas totais até diminuam, mas o condenado tem que cumprir toda ela preso.

Camilo destacou que “independente de mudança de legislação, desde 1999 estamos melhorando os indicadores”. Segundo a SSP, houve uma redução de 70% no número de assassinatos desde 1999 até hoje.

O coronel atribui as quedas na maioria dos índices de criminalidade na comparação entre trimestres ao trabalho da polícia somado com o bom momento econômico que o país vive.

- Toda vez que a gente tem uma crise econômica, principalmente como essa que tivemos, aumentam os crimes de furto e de roubo e, por decorrência, aumenta a criminalidade. O inverso é verdadeiro. Quando a crise passa também há uma melhora, mas não aconteceria de forma sistemática sem a ação da PM.

Violência "epidêmica"

Os dados divulgados na quarta-feira (27), pela SSP mostram que na comparação entre os segundos trimestres de 2009 e 2010, houve queda na quantidade de assassinatos dolosos na capital. No total, de abril a junho de 2010, foram 284 crime deste tipo cometidos na cidade. No mesmo período de 2009, foram 325 casos (uma queda de 13%). Porém, a diminuição não foi o suficiente para amenizar a alta de 23% do primeiro trimestre e diminuir o total dos assassinatos dos primeiros seis meses do ano.

O número de casos não reflete necessariamente o número de pessoas mortas, pois crimes de homicídios podem ter mais de uma vítima. Em nota, a SSP diz entender que “o crime contra a vida está sob controle em São Paulo”.

Em todo o Estado, segundo a secretaria, houve uma queda de 2% - de 2.317 assassinatos de janeiro a junho de 2009, para 2.278 no mesmo período deste ano. Os dados do 2º trimestre ajudaram a diminuir o total do semestre no Estado. No primeiro trimestre deste ano, o total de homicídio foi o mais alto desde 2007 no Estado.

O texto enviado pela assessoria de imprensa da SSP afirma que os homicídios no Estada caíram 70% desde 1999, de 35,27 por 100 mil habitantes para 10,69 para cada 100 mil habitantes. A OMS (Organização Mundial da Saúde) considera que a violência é "epidêmica" quando esse número está acima de dez.

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