terça-feira, 2 de novembro de 2010

Vice colocou R$ 11,8 milhões na campanha de Marina no Partido Verde.

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FERNANDA ODILLA
FELIPE SELIGMAN
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

O candidato a vice na chapa de Marina Silva (PV), Guilherme Leal, bancou quase metade dos R$ 24,9 milhões gastos na campanha da terceira colocada na eleição.

Em 22 doações distintas, o empresário, proprietário da rede de cosméticos Natura, repassou R$ 11,8 milhões, o equivalente a 47,5% do que arrecadou a candidata verde.

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Ao todo, sua campanha recebeu 3.098 depósitos, sendo 2.831 via cartão de crédito --pagamento feito diretamente por simpatizantes de sua candidatura.

Apesar da quantidade, essas doações de pessoas físicas somam R$ 169 mil, ou 0,6% do total.

No início da campanha eleitoral, Marina Silva planejava gastar até R$ 90 milhões, mas o valor acabou sendo pouco mais de um quarto do registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

As contas da candidata passarão por análise de técnicos e depois serão julgadas pela Justiça Eleitoral. Os dados da petista Dilma Rousseff e do tucano José Serra poderão ser entregues até o dia 30 de novembro, já que suas campanhas terminaram somente na semana passada.

DOAÇÕES OCULTAS

Ontem, também chegaram as prestações de cinco governadores eleitos: Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Jaques Wagner (PT-BA), Beto Richa (PSDB-PR), Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e André Puccinelli (PMDB-MS).

As contas deles revelam que os comitês eleitorais e diretórios partidários são os maiores doadores.

A prática, conhecida como doação oculta, tem como objetivo desvincular os doadores e as campanhas e funciona da seguinte maneira: a empresa faz o depósito em uma conta geral e esse recurso é repassado ao candidato, impossibilitando que a origem seja identificada.

Juntos, receberam R$ 129 milhões, sendo 21,1% (ou R$ 27,3 milhões) em doações ocultas. No total, foram mais de 6.000 depósitos de comitês ou diretórios partidários.

Em números absolutos, foi Alckmin quem recebeu o maior valor em doações ocultas: R$ 9,6 milhões. Proporcionalmente, porém, o campeão é o novo governador do Paraná, Beto Richa, com 29% do total arrecadado.

A assessoria de Richa informou que há doadores que preferem colaborar com o partido a repassar recursos direto para o candidato. Esclareceu que as doações foram feitas como prevê a legislação e que os diretórios também prestam contas.

A assessoria de Alckmin não quis comentar. A de Jaques Wagner informou que as doações foram todas legais, mas não encontrou nenhum tesoureiro da campanha para explicar a opção pela doação por meio do comitê único. A Folha não localizou os responsáveis pela contabilidade de Puccinelli.

A assessoria de Sérgio Cabral esclareceu que o doador pode fazer repasses para o partido ou o candidato, respeitando as restrições legais. "A campanha não fez qualquer solicitação para direcionar doações para comitê ou candidato, cabendo ao doador a livre escolha."

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