
No primeiro semestre deste ano, as solicitações de moradores de Jundiaí feitas por meio do 153 - canal
telefônico com a Guarda Municipal (GM) - cresceram mês a mês.
Os dados são do próprio comando da Guarda, que diz priorizar a população em seus trabalhos.
Desde que as ações do órgão passaram a ser contabilizadas, em fevereiro de 2013, indicadores demonstram aumento sobre a demanda dos munícipes.
Naquele mês, foram 300 atendimentos registrados e, em março, 1.543. Ao todo, de janeiro a julho, 3.821 solicitações foram atendidas.
Ainda que não se sinta à vontade para comentar críticas da oposição sobre a atuação da GM, o comandante da instituição, José Roberto Ferraz, rebate o apelido de ´light´ - dado à corporação por políticos de Jundiaí - com números efetivos de sua gestão à frente da GM. "No primeiro semestre, fizemos 12 mil ocorrências.
A maior parte delas é referente ao atendimento solicitado pela população através do patrulhamento e dos nossos canais de comunicação (leia mais estatísticas ao lado)", diz.
Ainda segundo ele, parte deste montante de ações, mesmo que menor, corresponde aos atendimentos criminais que não são omitidos pela GM. "Não fugimos das nossas incumbências. Mas também não invadimos as competências de outras polícias. O compromisso da GM é falar com a população. Fazemos o que nos compete legalmente."
Ferraz deixa claro o viés técnico de seus comentários e não político.
Ele diz que com a ajuda do videomonitoramento - há cerca de 100 câmeras da GM espalhadas em pontos estratégicos da cidade - é possível intensificar o patrulhamento preventivo em determinadas regiões. "O objetivo da administração municipal é cuidar das pessoas", reitera.
Equipamento e efetivo
Hoje, a GM tem cerca de 300 profissionais em atuação.
Segundo Ferraz, há um pelotão treinado e devidamente equipado para ações de conflito, porém, estas ações não são o foco da instituição. "Nossa política é de não conflito e a orientação que temos é tratar manifestações com cautela", comenta em relação aos protestos realizados em Jundiaí neste ano, nos quais guardas municipais não tinham escudo para proteção.
"Lutamos pela compra de equipamentos e isso já foi feito.
Recebemos coletes, escudos e botas para as manifestações marcadas para 7 de setembro", acrescenta o vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos e guarda municipal, Aparecido Luciani. O funcionário confirma que o trabalho feito na GM cumpre a legalidade.
"Se flagrarmos um crime, somos obrigados a fazer a prisão", informa.
Sobre o armamento, Ferraz diz que há preferência em seu comando por armas menos letais (químicas e de choque), o que não exclui a necessidade de armas de fogo - que já foram compradas, porém, de um tipo mais seguro para os guardas.
(Raquel Loboda Biondi, do JJ Regional)
Nenhum comentário:
Postar um comentário