segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulheres são destaque no funcionalismo público.

Em todo o mundo, elas lutam pelo seu espaço; em Várzea Paulista, servidoras arregaçam as mangas e assumem os mais diferentes cargos


Neste dia 8 de março, mulheres de todo mundo comemoram o Dia Internacional da Mulher. Em Várzea Paulista, as servidoras públicas municipais mostram seu trabalho e assumem posições de grande responsabilidade. Do quadro de pessoal efetivo da Prefeitura, 64,16% são mulheres. No quadro de pessoal em provimento de comissão e função gratificadas, 77,6% dos postos são ocupados por mulheres do quadro efetivo, designadas para o desempenho de cargos de Gestão.


Paixão pela segurança pública

Márcia Amorim Alves é Guarda Municipal há sete anos e sete meses. Seu ingresso na corporação aconteceu após concurso público, mas este não era seu objetivo inicial. “Eu não tinha muita noção do que era a profissão. Mas, depois me apaixonei pela segurança pública”, resume.

Ela faz parte da turma de mulheres GMs pioneiras em Várzea Paulista. À época, ela e mais 14 mulheres conviviam com 80 homens. “Aos poucos a gente foi se adaptando e nos adequamos ao perfil da corporação sem perder a nossa feminilidade”, analisa.

Hoje, mesmo com qualquer olhar que possa soar preconceituoso, Márcia acredita que existem oportunidades em que a presença da mulher é fundamental neste trabalho. “A sociedade chega com mais facilidade para conversar com as mulheres. Em todos os ambientes temos um respeito muito bom.”

A rotina da GM Márcia varia de trabalhos administrativos à segurança de eventos como a Orquivárzea e o Várzealegria. “Gosto muito do que faço e tenho orgulho de ser guarda”, conclui.


Um toque feminino ao volante

Diferente do que muitos pensam, Sueli Ramos de Souza (39) é sim uma motorista de mão cheia. Concursada há quatro anos, Sueli faz parte da equipe de Assistência Social, já foi motorista do prefeito e além de exercer seu serviço na Prefeitura é plantonista no conselho tutelar da cidade.

A opção pela profissão surgiu quando ainda era casada. “Meu marido trabalhava com transportes, na época eu comprei uma van e o ajudava. Gosto do que eu faço”, comenta.

Sueli já sofreu algumas situações engraçadas, inclusive quando prestou o concurso. “Passei na prova escrita, até aí tudo bem, logo após veio a parte prática. Todos que faziam podiam ir embora, mas fizeram questão de me esperar, pois tinham certeza que eu reprovaria. Quando passei, muitos se surpreenderam. Mostrei que sou profissional”, conta.

O carro que ela dirige é o mais bem conservado e o que vai menos à mecânica. “É o toque feminino que falta nos homens”, finaliza.


O sonho de ser gestora pública

Desde os tempos de faculdade, quando cursava Sociologia, Carolina Vitti Domingues, supervisora de Assistência Social, sonhava em se tornar gestora pública. Especializada em Saúde Pública, ela foi convidada em 2005 para integrar a equipe da secretaria de Saúde de Várzea Paulista, como Diretora de Gestão do Trabalho e Educação Permanente. Desde então, Carolina começou a dar os primeiros da trajetória que tanto desejava.

Apesar de estar satisfeita como uma funcionária comissionada, ela sempre teve como meta passar em concurso público. “Sempre tive o sonho da carreira pública. O fato de ser uma servidora pública permite que eu atue além dos governos vigentes”, avalia. Em 2008, Carolina finalmente alcançou seu objetivo, passando no concurso da Prefeitura de Várzea Paulista para o cargo de Educadora Social. “Sempre atuei na área de educação e formação”, diz.

Desde então, inúmeros reconhecimentos passaram a fazer parte da carreira da servidora, que foi promovida para o cargo de supervisora da secretaria de Saúde e, em 2009, convidada para assumir a supervisão da Assistência Social, com o desafio de implantar um novo modelo de gestão que a secretaria havia elaborado, o Desenvolvimento Comunitário. “Existem muitos desafios para uma mulher executar um cargo de chefia, pois a sociedade ainda é muito machista”, interpreta. Porém, tais desafios não impedem o crescimento de Carolina. “Tive muitas conquistas e hoje sei que a minha possibilidade de crescer é imensa”, finaliza.


A menina da porteira

Diferente do que muitos pensam porteira não é recepcionista. “Eu sou a única mulher porteira”, comenta a sempre sorridente Verônica Antônia da Costa (34), que há dois anos é concursada na função.

Verônica se interessou pela vaga quando uma amiga indicou. “Ela me falou que não tinha distinção de sexo e eu tinha acabado de fazer um curso de segurança civil. Pensei comigo: vou tentar. E consegui.”

A porteira comenta que situações de preconceito sempre existem. “O pessoal estranha, principalmente porque eu não tenho uniforme, aí eles pensam que eu estou ali por estar. Geralmente, quando precisam de informação, sempre perguntam para um dos meninos e eu respondo. As pessoas estranham e até falam ‘Nossa, você é porteira?’”, conta.

“Eu gosto de dar informação, eu gosto do que eu faço. Estou no lugar certo e espero continuar”, finaliza.

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